Transparência jornalística: o que é e como se faz?
Edição 132: "No aniversário do objETHOS, quem ganha o presente é você!"
Olá, assinante!
A linha fina desta edição já deu o spoiler: temos publicação nova na praça. Comemoramos o aniversário do objETHOS lançando o e-book “Transparência jornalística: o que é como se faz?” (baixe a-go-ra).
E também rolou evento! Afinal, não é todo dia que se completa 13 anos… e a gente não deixaria esse número simbólico passar batido logo em 2022, né? Entendedores entenderão.
Na edição de hoje, você confere todos os detalhes de nosso aniversário, além de um resumo do e-book no Radar. Bora!
PARABÉNS PRA NÓS!
Teve comemoração, sim, senhor! Pra marcar os 13 anos de objETHOS, realizamos um seminário internacional que discutiu jornalismo, ética e cidadania.
Adriana Amado (Universidad Argentina de la Empresa) e Juan Carlos Suarez Villegas (Universidad de Sevilla) foram nossos convidados. Amado comentou resultados de seu mais recente livro, “Las metáforas del periodismo”. Já Villegas refletiu sobre ética e direito à informação.
Perdeu alguma conferência? Tem resumo no site do objETHOS e no Twitter. Ah, a gravação na íntegra será disponibilizada em breve em nosso canal do YouTube.
RADAR TRANSPARENTE 1
E teve ainda o lançamento de nosso e-book! Seis capítulos explicam o conceito de transparência jornalística em linguagem simples, voltada ao público geral.
Já na abertura, Rogério Christofoletti identifica um problema: “é bastante contraditório que o jornalismo não seja tão transparente quanto exige de outro personagens da vida pública”. Isso porque métodos de apuração, interesses por trás de reportagens e mesmo financiadores por trás das empresas de mídia são informações raramente abertas ao público.
A ideia de transparência jornalística não é exatamente nova, explica Denise Becker, mas sofre transformações no meio digital. Álisson Coelho reforça que ela contribui para a formação de públicos mais atentos no enfrentamento à desinformação, além de estreitar as relações de cidadãos e mídia.
RADAR TRANSPARENTE 2
Mas a transparência é sempre desejável ou mesmo aplicável? Práticas transparentes podem sofrer entraves nas redações quando não dependem apenas do jornalista indivíduo, mas também de seus superiores. Podem até trazer mais trabalho aos profissionais. O segundo capítulo do e-book aponta caminhos a fim de contornar estes problemas.
A seguir, Christofoletti lembra que a transparência não soluciona todos os problemas do jornalismo. Aliás, ela existe em graus distintos e deve ser colocada na balança junto a outros valores, como a privacidade. Um exemplo: revelar dados que colocam fontes ou o próprio jornalista em risco. “Existem situações em que ela pode gerar mais prejuízos do que benefícios”, reflete o professor.
Nos dois capítulos finais, Denise Becker e Kalianny Bezerra destacam iniciativas de transparência em organizações jornalísticas nacionais e internacionais, além de dicas para uma atuação mais transparente nos meios de comunicação. São recomendações tanto para jornalistas e proprietários de mídia, como para cidadãos.
E NO NOSSO SITE…
Os ataques a mulheres jornalistas e a omissão das empresas de mídia — por Janara Nicoletti
Debates eleitorais já não são mais os mesmos — por Rogério Christofoletti
7 DE SETEMBRO
Não esquecemos do Dia da Pátria. Nas ruas e nas redes, tem disputa pelas cores, pela bandeira e por outros símbolos nacionais. Pra maioria, hoje é feriado, mas tem muito jornalista de plantão. Preocupada com a segurança dos jornalistas, a Fenaj orientou os sindicatos para a data. Lembramos também que tem esse manual da Abraji para cobrir protestos. Há um ano o 7 de Setembro foi tenso, e esperamos que isso não se repita. Mas não custa se cuidar. Liberdade também é poder exercer sua profissão em condições de segurança.
PENSATA
“Jornalismo é literatura com pressa"
Matthew Arnold, poeta e crítico britânico
SECOS & MOLHADOS
A Red Ética da Fundación Gabo tem um novo podcast: El diván del periodismo. São 8 episódios e três já estão disponíveis aqui.
Jornais precisam mesmo de páginas de opinião? Tem gringo discutindo isso.
Prêmio Vladimir Herzog anunciou homenageados deste ano, entre elas as valentes jornalistas Kátia Brasil e Elaine Farias.
Intervozes lançou um guia para proteção integral em redações e coletivos de comunicação comunitária. Baixe!
Um arrependido. Bolsonarista que agrediu jornalista pede desculpas.
Aliás, organizações da sociedade querem que os presenciáveis se comprometam com liberdade de imprensa e proteção de jornalistas.
Entidades jornalísticas terão canal específico no Ministério Público para denunciar ataques à categoria.
Falamos das entrevistas do JN na edição passada, lembra? Pois as sabatinas e o debate na Band aumentaram os ataques nas redes.
Jogo sujo. Jovem Pan usou vídeo adulterado para atacar Vera Magalhães.
Na EBC, mais um relatório comprova: a censura continua.
AGENDE-SE
A chamada aberta para um simpósio sobre ataques a jornalistas vai até dia 15.
Temas livres para o próximo número da Cambiassu. Artigos até 19 de setembro.
No final do mês tem evento sobre novos modelos de jornalismo na Universidade de Coimbra, em Portugal.
Termina em 30/09 a chamada da Tríade sobre fotojornalismo.
No final de outubro rola o 9º Encontro Regional Sul de História da Mídia.
Mande seu resumo para o 2º Congreso Internacional de Investigación y Transferencia en Comunicación (Intracom): até 12 de outubro.
Também em outubro, em Portugal, tem Lusocom.
Em 2023, Mediapolis terá número especial sobre Comunicação e Jornalismo em Contextos Eleitorais. Você pode mandar artigo até 30 de novembro.
Dairan Paul & Rogério Christofoletti assinam mais esta edição. A próxima chega no último dia do inverno: 21 de setembro. Aguarde!
Esta newsletter é uma realização do Observatório da Ética Jornalística (objETHOS), projeto do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Brasil.